sábado, 15 de maio de 2021

O Caçador de Pipas, de Khaled Hosseini


O Caçador de Pipas
, é um livro escrito pelo autor afegão-americano Khaled Hosseini, a primeira publicação da obra aconteceu nos EUA no ano de 2003, mas chegou aqui no Brasil somente em 2012 pela Editora Globo Livros, a obra contém 365 páginas.

O enredo começa no Afeganistão e narra a história sobre dois meninos: Amir e Hassan, que apesar de ter muitas diferenças entre eles (classe social, religião e etnia), os dois possuem um intenso laço de amizade.

Amir era filho de um homem muito rico de Cabul, o garoto tinha interesse por livros e nunca enfrentava os valentões quando o ameaçavam, sempre precisando que seu amigo Hassan o defendesse das brigas de rua, fato este, que não agradava seu pai. Já Hassan era filho de Ali, o empregado da casa, ele era um garoto simples, que não sabia ler, admirava Amir e suas histórias e era muito leal ao seu melhor amigo. Os dois meninos cresceram juntos e eram muito próximos, mas essa amizade começa a ser abalada quando Amir percebe que seu pai tratava Hassan diferente, com certa afetuosidade, o que foi despertando ciúmes.


Todo ano acontecia um campeonato de pipas, que marcava o início do inverno em Cabul. Esse torneio consistia em tentar cortar a pipa dos adversários e o dono da última pipa que continuava no céu se tornava campeão, e as pipas que haviam caído eram como um troféu entre as crianças. Hassan, como um exímio caçador de pipas, sai correndo para procurar uma das pipas que haviam sido cortada, deixando seu amigo para trás. Quando Amir finalmente o encontra, ele vê seu amigo sofrendo nas mãos de Assef (um rapaz que já havia tido uns problemas com os dois meninos), mas lhe falta coragem para defendê-lo e, assim acaba dando as costas para a situação.

Ao voltar para casa, Amir decide manter o que viu em segredo, mas a culpa começa a consumi-lo dia após dia. Depois de um tempo, não conseguindo mais suportar olhar para Hassan, o menino cria uma situação para que Hassan e seu pai fossem embora de sua casa, pensando que tudo se tornaria melhor para ambos. Percebendo a situação, em vez de Hassan denunciar a atitude de seu amigo, ele acaba assumindo a culpa de algo que não tinha feito e depois que Hassan e seu pai deixam a casa, os dois meninos nunca mais se veem.


Quando o Afeganistão entra em conflito, Amir e seu pai são obrigados a se refugiar nos Estados Unidos, lá eles tentam refazer  a vida, agora em condições muito diferente das que eles estavam acostumados em sua terra natal. Seu pai começa a trabalhar em um posto de gasolina e Amir fazer faculdade que o ajudasse a realizar o sonho de se tornar escritor.

Muitos anos depois, Amir recebe uma ligação de um amigo de seu pai, que lhe conta alguns detalhes da vida adulta de Hassan e pede para que ele volte ao Afeganistão para resgatar o filho de Hassan. Depois de muito relutar, Amir volta para o país, ganhando assim uma nova chance de tentar se redimir do erro que tinha cometido há tantos anos atrás, de tentar acabar com a culpa que vivia o assombrando desde a infância.


Através da leitura conhecemos realidades diferentes da que estamos acostumados. Essa é uma história que aborda diversas temáticas, algumas delas como as diferenças étnicas, sociais, religiosas, relações familiares entre os afegãos, mostra também como a sociedade trata diferente o sexo masculino e feminino. 

Um livro impactante que mexe com os sentimentos do leitor, levando-o a refletir sobre fatos que não gostaríamos que existisse, mas que faz parte da realidade. Além disso, o livro pode parecer bem cansativo para quem não está acostumado ou que não gosta de uma escrita muito lenta e descritiva, mas uma coisa que eu gostei no decorrer da história é que o autor foi colocando alguns termos em árabe, língua oficial do Afeganistão. 

Contudo, essa é uma leitura interessante, principalmente para quem gosta de conhecer novas culturas, novos costumes, tradições, enfim, outras formas de organização social.

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