Uma fábula infantojuvenil, escrita pela autora Kelly Barnhill, que contendo 308 páginas, foi publicada em 2018, pela editora Galera.
A história fala sobre um vilarejo sombrio tomado por uma névoa de tristeza chamado Protetorado, que comandado pelos Anciãos do Conselho e as Irmãs da Guarda da Torre, há muitos anos segue a tradição do Dia do Sacrifício, que consistia em todos os anos entregar em sacrifício a criança nascida mais recentemente, deixando-a na floresta para a bruxa, pois acreditavam que a bruxa que ali vivia, só os deixaria “viver em paz”, se tal oferenda fosse cumprida. Havia certo interesse obscuro em manter as pessoas alienadas quanto à essa crença.
O que
eles não sabiam é que a bruxa que se chamava Xan, era do bem, não fazia mal a
ninguém, pelo contrário, sempre procurava ajudar os que precisavam. Entretanto,
sem entender o porquê de as pessoas do Protetorado deixar as crianças na
floresta ano após ano, sempre na mesma data, pra não as deixar abandonadas a
própria sorte, ela já se preparava para salvá-las.
Toda
vez que uma criança era abandonada, ela levava para as Cidades Livres do outro
lado da floresta e as entregava a casais que não podiam ter filhos e que tinha
certeza que iriam criar com todo amor. Essas crianças adotadas, eram chamadas
de Crianças Estelares.
Certa vez, uma bebezinha foi tirada dos braços de sua
mãe, que contrariando as expectativas da resignação esperada, lutara com todas
as forças na esperança de impedir tamanha crueldade, mas sem sucesso, a mulher
foi dada como louca e internada na Torre que era comandada por Irmã Agnatia.
Após o acontecido, a criança foi abandonada na floresta e Xan como sempre
estava pronta para salvá-la, cumpriria sua missão de levá-la para ser adotada
na cidade do outro lado da floresta, porém durante o trajeto como a bebezinha
estava faminta, Xan parou para alimentá-la com luz estelar, como fazia com
todas as crianças. Entretanto, o encantamento de Xan pela bebê era tamanho, que
enquanto à alimentava, distraída, Xan ao em vez de pegar luz estelar, pegou a
luz da lua e sem perceber deu pra menininha beber, a embruxando. Ao notar o que
havia feito, Xan que já se sentia apegada à menininha, adotou-a como sua neta,
deu a ela o nome de Luna e a levou para sua casa no meio da Floresta onde vivia
com Glerk, o Monstro do Pântano que amava o Charco
e poemas, e Fyrian, um Dragão perfeitamente minúsculo.
Conforme
o tempo passava, a preocupação de Xan aumentava, pois devido à idade ela estava
se sentindo cada vez mais enfraquecida e paralelamente, o aniversário de 13
anos de Luna, estava se aproximando e seus poderes herdados da lua, que por
sinal eram extraordinários, já estavam aflorando, o que poderia colocar Luna e todos
à sua volta em perigo. Por várias vezes, Xan tentou explicar à Luna sua real
condição, mas a garota não memorizava nenhum assunto relacionado à magia,
especialmente a palavra em questão. Era preciso aguardar o momento certo, para explicar
à Luna que até então fora criada como qualquer criança normal, que na verdade
ela era uma bruxa.
Além disso, o dia do Sacrifício daquele ano se aproximava
e Xan não podia deixar a criança à mercê na floresta. Assim, mesmo fraca e sem
que Luna, Glerk ou Fyrian se dessem conta,
fazendo uso de suas escassas energias mágicas, Xan foi rumo ao local em que as
crianças eram deixadas. Mas o que Xan não podia imaginar é que dessa vez a
situação seria diferente, Antain que quando mais jovem era um Ancião em
Treinamento, vive uma vida cheia de remorso e conflitos, desde que há anos
atrás fora forçado a tirar uma bebezinha dos braços da mãe. Agora, seu filho
recém-nascido era o escolhido para o sacrifício e ele estava disposto a dar um
fim na maldição que acreditava ter sido criado pela bruxa.
O que acontece a partir daí é uma confusão fabulosa cheia de emoções. O ar da floresta estava diferente, Antain estava à espera da bruxa, Luna, Glerk e Fyrian preocupados com Xan, também estavam à sua procura na floresta. Porém, o mistério por trás da tristeza que pairava no Protetorado também estava à espreita na floresta, o que desencadeou uma série de acontecimentos que trouxeram à tona memórias adormecidas, estreitando laços já existentes e criando novas conexões que transformara a vida de todos.
Uma
leitura lúdica atribuída ao púbico infantojuvenil, mas que pode ser apreciada
por leitores de qualquer idade. Além de trazer uma linda e comovente história, constituída por cenários e seres fantásticos, o livro A Garota que Bebeu a Lua também pode ser
considerado uma preciosa fonte de inspiração, pois nos mostra que a força do
amor e da coragem é capaz de superar qualquer obstáculo.
Simplesmente amei a leitura! 💖
Fica a dica pra quem gosta de livros de fantasia! ✨
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